Crise financeira: como lidar com os desafios econômicos da pandemia · Blog Progresso Contabilidade

Crise financeira: como lidar com os desafios econômicos da pandemia

Homem fazendo a gestão da crise financeira em uma tela

Crise financeira: como lidar com os desafios econômicos da pandemia

A pandemia de Covid-19 trouxe dificuldades à saúde, mas expandiu-se a outros setores da economia. Desde o ano de 2020, as empresas precisam lidar com a crise financeira causada por essa calamidade pública. 

Negócios de diferentes ramos tiveram que fechar as portas, ao menos por algumas semanas. Ainda houve queda no faturamento e outros problemas, como veremos ao longo deste post.

Nesse cenário é imprescindível fazer um bom controle financeiro. No conteúdo de hoje, veja como enfrentar esses desafios econômicos. Continue a leitura!

Os impactos das restrições de circulação

Com intuito de controlar o número de infectados e a circulação do vírus, muitos países, estados e municípios adotaram restrições de circulação.

Quase todas as capitais brasileiras usaram essa estratégia em determinado momento. De um lado, alguns dizem que essa medida interfere negativamente na economia. Outros defendem que o controle da pandemia auxilia a manter os negócios funcionando no longo prazo.

Independentemente da opinião, os negócios sofreram ao longo de 2020, especialmente, os pequenos. Para ter uma ideia, a perda média de faturamento ficou acima de 50% para as empresas de comércio e serviços.

Outro fator foi a mudança nos hábitos de consumo. Isso exigiu transformações no ambiente corporativo. As vendas físicas diminuíram, enquanto as realizadas on-line aumentaram.

Assim, foi preciso uma mudança nas vendas e processos administrativos, que ocasionou impactos financeiros. Além dos decretos de calamidade pública já mencionados, que também afetaram economicamente as organizações.

Uma pesquisa demonstrou, por exemplo, que 80,4% das indústrias adotaram o home office. Os índices em outros setores foram:

  • 26,6% do comércio;
  • 68,6% dos prestadores de serviços;
  • 59,6% das empresas de construção.

Ainda assim houve perdas, confira a seguir os desafios enfrentados pelos negócios nesse período. 

5 desafios enfrentados pelas empresas na crise financeira

Desequilíbrios na economia acarretam dificuldades na sociedade, e a pandemia trouxe um cenário diferente, em que a crise financeira persiste por vários meses.

Isso agravou diversos aspectos negativos, como aumento da taxa de desemprego, pobreza, inadimplência e o fechamento de empresas.

Para entender melhor, basta ver os dados desses indicadores:

Diante desse cenário, fica claro que existem muitos desafios econômicos a enfrentar. Os principais durante essa crise financeira são:

1. Incertezas sobre o futuro

A pandemia de Covid-19 trouxe incertezas relacionadas à saúde, economia e ao consumo. Ainda não se tem garantia de quando os dados vão melhorar e quais serão as perspectivas para o futuro.

Por isso, é preciso adotar medidas que protejam o seu negócio. Isso depende da avaliação de riscos, que considerará os detalhes do setor de atuação e a posição da organização no mercado.

2. Queda no faturamento

O aumento da pobreza, do desemprego e da inadimplência geram mais dificuldade das pessoas comprarem produtos e serviços. O dinheiro passa a ser gasto somente com o que é essencial.

Com isso, muitos negócios podem ter queda no faturamento. Isso acontece mais com setores específicos, como de eventos, bastante impactado devido às restrições impostas pela pandemia. Nesse cenário, é preciso adotar algumas medidas, entre elas:

  • redução de custos;
  • renegociação de dívidas;
  • negociação de prazos e condições de pagamento com fornecedores.

Ainda vale a pena buscar alternativas de faturamento, como:

  • diversificação das formas de pagamento;
  • promoção de produtos parados em estoque;
  • oferta de serviços extras para melhorar a experiência, como o delivery;
  • aumento da aplicação de estratégias de marketing para divulgar seus produtos ou serviços.

3. Atrasos nos pagamentos

A inadimplência é um problema, como já visto. Os atrasos nos pagamentos desequilibram o fluxo de caixa e fazem com que seu negócio deixe de honrar seus compromissos.

Por isso, vale a pena fazer uma análise de crédito mais qualificada, que identificará de forma precisa a chance de sua empresa ficar sem aquele dinheiro.

Essa medida ainda faz com que o relacionamento com o cliente seja mais duradouro e saudável.

4. Folha salarial em meio à paralisia

A folha de pagamentos é uma das principais despesas de uma empresa. Ela representa:

  • 30% ou mais para empresas de serviços;
  • 28% a 35% para empresas de comércio.

Na indústria, o valor varia conforme a modernização dos equipamentos. De toda a forma, o percentual é significativo, porque é um custo fixo. Ou seja, precisa ser pago, mesmo se não houver vendas.

Com isso, torna-se necessário reduzir os gastos para evitar uma crise financeira ainda maior. Esse é, inclusive, um dos principais desafios econômicos enfrentados pelas empresas, já que a demissão de colaboradores nem sempre é a melhor saída.

5. Fluxo de caixa

Para ser sustentável, uma empresa precisa de fluxo de caixa. No entanto, a alta inadimplência, a redução do consumo e os outros problemas já apresentados fazem com que esse equilíbrio fique comprometido.

O ideal é fazer ajuste de pagamentos e recebimentos. O cronograma deve ser revisto para que os recursos necessários sejam garantidos e os compromissos de longo prazo, pagos.

Caso sua empresa trabalhe com o comércio exterior, ainda é importante avaliar os processos de importação e exportação. Como a crise financeira causa impacto mundial, é válido ter um plano específico para lidar com imprevistos.

O controle do financeiro diante da pandemia

O controle financeiro é necessário em qualquer momento. Em uma pandemia, ainda mais. Os desafios econômicos são maiores e é preciso estabelecer um bom planejamento para enfrentá-los. Veja o que fazer!

Projete despesas

Avalie quais receitas e despesas estão previstas. Calcule os valores e compare quanto entrará em caixa com o que precisa ser pago. A partir disso, é possível fazer um planejamento bem estruturado.

  • faça um levantamento das despesas para os 3 meses seguintes e separe os gastos em categorias. Por exemplo: salários, água, telefone, luz, material de limpeza, material de escritório;
  • analise suas despesas para determinar as ações de correção. Priorize os gastos que impactam mais a sua empresa e possam ser negociadas;
  • negocie prazos e condições de pagamento. Essa é uma forma de reduzir as incertezas. 

Gaste o necessário

O dinheiro que entra no caixa deve ser gasto estrategicamente, ainda mais diante dos desafios econômicos enfrentados. O ideal é reduzir as despesas ao máximo e focar no que é essencial.

Pequenos gastos podem impactar o orçamento de forma significativa. Por isso, vale a pena revisá-los.

Outra medida é aproveitar a pandemia e avaliar o home office. Com a crise financeira, essa alternativa ajuda a diminuir as despesas fixas, já que sua empresa deixa de pagar aluguel. Se necessário, existe o coworking.

Segure investimentos

Apesar de os investimentos serem importantes para a organização crescer e se consolidar no mercado, a crise financeira faz com que esse não seja o melhor momento para isso.

Para enfrentar os desafios econômicos que surgem nesse período, é preciso avaliar os dados. Assim, é possível tomar melhores decisões, que estejam realmente embasadas e evitem problemas financeiros.

Priorize as pessoas

A gestão de pessoas é fundamental em um cenário de crise financeira. Esse não é o momento de gastar de forma desmedida, mas sim de fazer com que todos foquem no mesmo objetivo.

O planejamento estratégico deve ser conhecido por todos os colaboradores e cada um deles deve saber da sua importância no cenário organizacional.

Mais do que isso, devem ser mantidos engajados. Esse propósito deve ser conseguido por ferramentas de comunicação eficientes.

Além disso, vale a pena investir em ações que visem ao bem-estar dos colaboradores. Inclusive, uma pesquisa da Deloitte demonstrou que 82% das empresas acreditam em condições de trabalho flexíveis para períodos de epidemias e pandemias.

Negocie prazos com fornecedores

Converse com seus parceiros para ter melhores condições de pagamento. Em períodos de crise financeira, todas as empresas passam dificuldades.

Esse tipo de negociação se torna comum e garante que todos cheguem a um consenso. Tenha em mente que negociar prazos é melhor que ficar inadimplente.

Por isso, seja transparente com o fornecedor e explique a situação. Desse modo, é possível chegar a um acordo.

Faça promoções

As promoções incentivam os clientes a comprarem. Portanto, são uma forma de conseguir dinheiro rápido. Vale a pena realizá-las, especialmente para os produtos que estão parados em estoque.

Outra possibilidade é fazer promoções para itens que oferecem melhor margem de lucro ou têm um bom giro. Para decidir quais deles devem entrar nessa estratégia, utilize a curva ABC.

BEm: programa federal para lidar com os desafios econômicos da pandemia

Várias medidas foram tomadas para enfrentar a crise financeira causada pela Covid-19. Uma das principais foi o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, mais conhecido por BEm.

Instituído pela Medida Provisória 1.045/2021, o programa do governo federal define ações para enfrentar o estado de calamidade pública. Entre elas estão:

  • redução da jornada de trabalho e salário: vale por até 120 dias com a celebração de acordos coletivos ou individuais;
  • suspensão do contrato de trabalho: possível para empresas com receita bruta acima de R$4,8 milhões em 2019. Nesse caso, o colaborador recebe 70% da parcela do BEm 2021 + 30% do salário. Para empresas com faturamento bruto de até R$4,8 milhões em 2019, o trabalhador recebe 100% da parcela do benefício de 2021.

A redução da jornada de trabalho e salário tem algumas especificações. Veja:

  • se a redução for de 25%, o trabalhador recebe 75% do salário + 25% da parcela do BEm 2021;
  • se a redução for de 50%, o colaborador recebe 50% do salário e outros 50% da parcela do BEm 2021;
  • se a redução for de 70%, o funcionário recebe 30% do salário + 70% da parcela do seguro-desemprego.

Essa alternativa é uma opção para enfrentar a crise financeira. Para trazer ainda mais eficiência aos processos, vale a pena contar com uma empresa de contabilidade confiável, como a Progresso Contabilidade.

A Progresso é uma empresa que atua desde 1971 na área de contabilidade e controle patrimonial. Seu compromisso é cuidar de todas as questões contábeis para você manter o foco em fazer seu negócio crescer. 

Assim, você tem a chance de otimizar suas receitas, reduzir despesas e melhorar os resultados do seu negócio.

Com isso, você enfrenta os desafios econômicos e ultrapassa a crise financeira.

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