Todo relatório contábil, além de ser um componente essencial na contabilidade da empresa, é uma ferramenta gerencial que pode ajudar a acompanhar indicadores financeiros e de desempenho do seu negócio. Portanto, você deve encará-los também como ferramentas de auxílio à gestão.
Neste post, vamos mostrar os principais indicadores desses relatórios que devem ser acompanhados, e como são úteis para o gerenciamento da empresa. Confira!
Balancete de verificação
O balancete de verificação não é um relatório contábil da escrituração como outros que veremos a seguir, e que são documentos oficiais. Esse relatório serve para verificação do que está sendo escriturado.
Por meio dele, os lançamentos do período são analisados e é possível perceber se os saldos das contas contábeis batem. Isso porque os débitos e créditos da contabilidade, pelo método de partidas dobradas de lançamentos, devem ser iguais.
O balancete também serve de ferramenta gerencial: como o relatório exibe também o saldo anterior de cada conta, além das últimas movimentações, você pode utilizá-lo para comparar os últimos movimentos de receitas e despesas com o acumulado anterior.
Outra utilidade do balancete é analisar recebíveis e despesas futuras em valores provisionados para projetar o fluxo de caixa e fazer outras previsões.
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)
Conforme a legislação, a demonstração é obrigatória apenas às organizações de capital aberto. Mas todas as demais empresas podem mantê-la para terem um relatório específico que acompanhe o patrimônio.
A DMPL exibe as mudanças no patrimônio líquido em relação aos anos anteriores por meio das seguintes informações que impactam no seu resultado:
- lucro ou prejuízo de exercício anterior;
- valor dos ativos (caixa, contas bancárias, máquinas, equipamentos, investimentos, recebíveis de curto prazo, imóveis, veículos e outros bens);
- capital social;
- distribuição de lucros aos sócios;
- outras destinações de lucros.
Naturalmente, a demonstração de cada ano deve ter o resultado final maior do que as de anos anteriores. Do contrário, é preciso verificar os motivos do não crescimento do patrimônio, o que pode ocorrer pela saída de um sócio e nem sempre por problemas gerenciais ou nas vendas.
Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)
A DRE é emitida anualmente, no fechamento da contabilidade. Porém, visando uso gerencial, o relatório pode ser obtido mensalmente. Exibindo despesas, receitas e lucros bruto e líquido, a DRE funciona como uma espécie de fluxo de caixa contábil para o período.
Além de evidenciar o resultado do negócio, ajuda você a avaliar suas vendas e despesas individualmente, e na comparação do cenário geral. Esse relatório também auxilia no acompanhamento de indicadores como:
- retorno sobre ativos: é o valor do resultado final dividido pelo valor dos ativos, indicando quanto seu negócio tem de retorno sobre os bens;
- margem líquida: é o cálculo que demonstra o lucro gerado em cada venda, resultado da divisão do resultado final da DRE pelo faturamento bruto que consta nele.
Balanço Patrimonial
O Balanço deixa claro qual é a situação do patrimônio considerando as movimentações desde a abertura da empresa até os componentes de ativo e passivo.
No ativo temos os bens e direitos: dinheiro em caixa e contas de banco, contas a receber no curto prazo, imóveis, veículos e outros bens. Já no passivo ficam as obrigações, como impostos, folha de pagamentos e outras contas a pagar.
Além disso, o Balanço Patrimonial conta com o resultado do patrimônio líquido, que é o total do ativo subtraído do total do passivo. Tecnicamente, o valor do patrimônio tem de ficar no grupo passivo, pois é uma obrigação devida pela empresa a você, mas é um resultado positivo dela. O balanço auxilia ainda a:
- confrontar recebíveis e pagamentos próximos para analisar possíveis investimentos;
- visualizar o crescimento da empresa comparando relatórios de anos distintos;
- identificar impostos a recuperar;
- avaliar possível desvalorização de bens.
Seja qual for o relatório contábil visualizado, sempre utilize-o para qualificar a gestão do negócio, pois a escrituração não é apenas uma obrigação legal e não pode ser somente emitida e armazenada.
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