Quem empreende sabe: o capital inicial é uma das coisas mais difíceis de obter. Agora, imagine ter alguém que aplique dinheiro no seu negócio e, ainda, seja um mentor para você e seu projeto. Pois é, ao entender o que é um investidor-anjo, percebe-se que essa pessoa existe.
Em diversos países, esse perfil de investidor, que também se traduz em uma modalidade de aplicação financeira, já é muito comum há décadas. Inclusive, já financiou o pontapé inicial de empresas que mais tarde se consagraram no mercado, como a Google e a Apple. No entanto, no Brasil, ele ainda vem se consolidando junto com uma cultura de empreendedorismo florescente.
Ficou curioso e quer saber mais? Acompanhe o post de hoje e confira as informações essenciais que separamos para você! Boa leitura!
O que é um investidor-anjo?
Investidor-anjo é uma pessoa física com capital próprio e pretensão de aplicá-lo em projetos ou negócios promissores. Normalmente, esses indivíduos já tiveram uma carreira como executivos, gestores ou empresários experientes.
Além de injetar dinheiro, eles funcionam como mentores de um projeto: apesar de não decidirem efetivamente — até porque são acionistas minoritários —, agregam experiências e conhecimentos técnicos e interpessoais e orientam o empreendedor na medida em que os desafios e as oportunidades forem aparecendo. Por isso, é um tipo de financiamento denominado “anjo” ou “smart money”.
O mais comum é que essa modalidade de aplicação seja feita por um grupo (de até 5 pessoas) — isso permite compartilhar riscos e ganhos. Nesse caso, um investidor-líder é nomeado e dedicará mais tempo a um determinado projeto. Por outro lado, receberá uma participação acionária maior ou algum outro tipo de retorno mais atrativo em comparação com os demais.
Quais os benefícios desse tipo de investimento?
Para os investidores, o principal benefício é ganhar uma participação acionária em empresas de alto potencial de crescimento. Um grande exemplo é o Facebook. Quem aplicou seu dinheiro na promissora empresa de Mark Zuckerberg viu seus rendimentos explodirem quando a companhia abriu capital na bolsa de valores.
Já para os empreendedores, é uma forma eficaz de obter o capital inicial sem precisar recorrer aos juros bancários. Além disso, ainda ganham sócios experientes que prestarão um serviço de consultoria, coisa que um banco não proporcionará.
Quais as regras para um investimento-anjo?
O primeiro dispositivo regulamentar sobre o tema é a Lei Complementar 155/2016, que só entrou em vigor no início de 2017. Ela criou obrigações e garantias para ambas as partes, o que fomentou esse tipo de financiamento.
Ao longo do texto, você percebeu que nos referimos aos investidores-anjos como sócios ou acionistas, no entanto, essa é uma maneira usual, e não formal, de denominá-los. Pela lei, eles não são sócios, mas, na verdade, parte em um contrato de participação. E qual a diferença?
É que, nesse caso, há uma limitação em suas responsabilidades: eles não podem ser acionados por dívidas trabalhistas ou fiscais, por exemplo. O objetivo do legislador foi claro: proteger os investidores e, com isso, impulsionar o setor.
A lei estabelece, ainda, prazos e percentuais de remuneração, preferência em aquisição da empresa, entre outras coisas. No geral, o contrato é o meio mais adequado para investidores e empreendedores definirem seus direitos e obrigações.
Compreende-se, portanto, que saber o que é um investidor-anjo vai muito além de conhecer quem são essas pessoas e as relações entre elas e empreendedores. É relevante entender também que essa é uma ferramenta que, por meio da facilitação do acesso ao capital, impulsiona a criação de negócios e a inovação em geral.
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